quinta-feira, 10 de abril de 2008

Filho da “Estrada e do Vento ”


Tu…
Que vagueias ao sabor do vento
Que nas nuvens passa teu pensamento
Tuas mãos cheias…de nada!
Apalpam os sons e só encontram mágoa
Abrem-se numa flor, estendem as pétalas
E não encontram o Amor!...

O Amor que os homens não te querem dar!
E estendes as pétalas, dessas flores …
E não sabes gritar!
Porque a tua inocência não te deixa pensar…

E caminhas sozinho na estrada da vida
Sem carinho, sem amor e sem esperança
Um dia serás Homem!
Homem da rua, Homem da cena
E de mãos vazias
Continuarás em busca de um novo poema.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Lengalenga



Em Landim

com o 2.º Ano

da Profesora Manuela Mesquita


Alice Vieira (2002). Eu Bem vi Nascer o Sol. Caminho.
Lisboa

no fundo do mar...


Como se visualiza um poema: das palavras para a acção.

Receita:
A partir de um poema interessante (repleto de imagens e sensações ... e acções);
Interpreta-se, volta a interpretar-se...
Entendem-se, mastigam-se, saboreiam-se as palavras.
Envolve-se o texto em comunicação (para levedar!)
Lê-se! ... e desenforma-se, em gestos bem decorados de criatividade.
Acompanha-se a leitura com a representação visual corporal (dramatização).

Usámos:
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.


Uma pesquisa na Internet, motivada pelo "monstro em si suspenso" nas palavras de Sophia, conduziu-no ao vídeo http://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/videos/mar.wmv que nos ajudou e entender o texto e que confirma a nossa ideia de que, sobre o mar, pesa permanentemente a acção poluente do homem.

No mesmo sítio http://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/index.htm encontrámos outros textos e actividades interessantes para uso escolar.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A quinta da minha avó


Na quinta da minha avó
Anda tudo amalucado!
O gato uiva à lua…
O cão mia no telhado!

A velha galinha dá leite
E a vaca, os ovos, choca!
Para fazer o azeite
Usam a mandioca!

A laranjeira dá peras,
A figueira dá romãs!
Na videira há batatas,
Da terra nascem maçãs!

O pato come cenouras,
O coelho anda a voar!
Quando chamamos o porco
Ouvimo-lo chilrear!

Com tamanha correria
Minha avó fica cansada.
Se falarmos com o avô…
Não consegue explicar nada!

Descansem lá meus senhores.
Esqueçam tal confusão.
Esta história é só fruto
Da minha imaginação!

É tão bom quando podemos fazer o que queremos...com as palavras.