terça-feira, 8 de abril de 2008

no fundo do mar...


Como se visualiza um poema: das palavras para a acção.

Receita:
A partir de um poema interessante (repleto de imagens e sensações ... e acções);
Interpreta-se, volta a interpretar-se...
Entendem-se, mastigam-se, saboreiam-se as palavras.
Envolve-se o texto em comunicação (para levedar!)
Lê-se! ... e desenforma-se, em gestos bem decorados de criatividade.
Acompanha-se a leitura com a representação visual corporal (dramatização).

Usámos:
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.


Uma pesquisa na Internet, motivada pelo "monstro em si suspenso" nas palavras de Sophia, conduziu-no ao vídeo http://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/videos/mar.wmv que nos ajudou e entender o texto e que confirma a nossa ideia de que, sobre o mar, pesa permanentemente a acção poluente do homem.

No mesmo sítio http://www.ecolenet.nl/tellme/poesia/index.htm encontrámos outros textos e actividades interessantes para uso escolar.

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