segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Antes da palavra

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A Floresta está de luto!

A convite do nosso amigo Pimentel, vou dar início à minha contribuição neste blogue com um pequeno texto que estive para aqui a "ruminar", para trabalhar com os meus alunos na sala de aula. Fala sobre os animais (estamos a trabalhar este tema em Estudo do Meio)  e pretende colocar a turma a reflectir sobre as acções dos personagens da história.

A Floresta está de luto

Certa ocasião, a lebre, decidiu dedicar-se ao cultivo de cogumelos exóticos, como forma de “matar” o imenso tempo que lhe sobrava entre as diversas corridas de atletismo.

Os animais da floresta estavam admiradíssimos com o empenho da lebre, que já tinha reunido uma quantidade significativa de espécimes raros de cogumelos.

 Tinha o estragadiarreicus, conhecido pelas suas qualidades na luta contra a diarreia; o estripocalus, que elimina ao calos mais persistentes que, no caso da lebre, até lhe fazia jeito por causa das corridas, e até o raríssimo e perigosíssimo, belezicolus, usado para fazer uma máscara de beleza que elimina as rugas mas que, quando ingerido, pode causar a morte.

A lebre teve o cuidado de colocar uns cartazes na sua vedação já em muito mau estado, onde se podia ler, entre outras coisas: “cogumelos venenosos”, “cuidado com o cão” e “vende-se cogumelos”.

Os filhos da família Texugo, vizinhos da lebre já tinham sido alertados por esta para o perigo de persistentemente entrarem pelos buracos da vedação para brincarem no meio dos seus terrenos. A lebre, que se encontrava de relações cortadas com a família de texugos há vários anos, mandou inclusive, uma carta em correio azul, registada e com aviso de recepção, despertando os pais para o perigo que representavam as constantes visitas dos seus filhos ao seu terreno.

Deu-se o acaso da tartaruga, o carteiro rápido e eficiente da floresta, a exemplo dos nossos correios, num dia tempestuoso, perder um número significativo de cartas, levando à letra aquele ditado “palavras leva-as o vento”. Acontece que entre essas palavras, ia a carta da nossa amiga lebre.

Nesse mesmo dia, o pica-pau, furioso com a intensidade dos ventos que lhe abanava as árvores todas, deu-lhe para comer os cartazes em madeira com os avisos que a lebre tinha colocado na sua cerca.

Os texugos, pequenos inocentes, não vendo qualquer cartaz na vedação, julgando que os cogumelos já não apresentavam qualquer perigo decidiram provar alguns dos afamados cogumelos, entre eles o famigerado “belezicolus”.

No dia seguinte realizaram-se três funerais na floresta. A família texugo estava de luto profundo.

Quem teve mais culpa pela morte dos texugos?

1-    A lebre

2-    Os texuguinhos

3-    Os pais dos texugos

4-    A tartaruga

5-    O pica-pau

Casa de camilo

Em Seide (S. Paio) os alunos do terceiro e quarto anos elaboraram textos, para incluir numa apresentação, a partir da leitura de textos informativos sobre a vida e obra de Camilo Castelo Branco.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Compreensão

Na turma de quarto ano da escola de Cruzeiro-Antas, a atenção voltou-se para o texto de Antoine Saint-Exupéry, O Principezinho. Não todo o texto, e tão só o encontro entre o Pequeno Príncipe e um "broto tão diferente dos outros" que veio a merecer a sua atenção.

O texto mereceu também o interesse dos alunos que procuraram entendê-lo, nas suas palavras e conteúdo.

A esse propósito fica aqui proposta uma visita a http://nonio.eses.pt/eusei/passa/jogar.asp?cod_jogos=400 onde são propostas actividades em torno deste texto e proposta é também a leitura integral da obra.

Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry filho do conde e condessa de Foscolombe (29 de junho de 1900, Lyon - 31 de julho de 1944, Mar Mediterrâneo, durante uma missão de reconhecimento) foi um escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Se eu fosse...


Uma actividade bem interessante e capaz de abrir lugar à imaginação, criatividade e humor.
Em S. Cláudio já deu direito a repetição. http://web.me.com/joaorolando/palavritas/Palavritas/Palavritas.html

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mini-jornalismo

As actividades que os alunos da EB1 de Avidos realizam no exterior costumam ser documentadas e os assuntos sobre que versam são tratados e explorados na sala de aula.

Desde que foi aberto o seu blogue, então, essas actividades dão notícia que se publica e divulga num sítio já bastante visitado.

Nas últimas saídas visitaram sítios de aprender histórias de vida na Casa Museu de Camilo Castelo Branco e Museu Soledade Malvar.

Ficaram "maravilhados" e afirma-no reconhecendo a importância das visitas e atribuindo especial importância aos objectos de uso pessoal em http://www.eb1avidos.blogspot.com

Que Punha de Baca!

Munto benhe, c' ridos leitores,

Esta coija de mesturar a escrita co' a fala e a fala co' a escrita xempre foi defícel d' intendere.
Cuntudo, acunteça o c' acuntecer, está xempre a dare.
No' xítios onde bamos: nos cafézes, nas mercearias, nas escolas... estamos sempr'a oubire coisas estrainhas que nos moem as intranhas, especialmente a nozes, professores, é claro.
Pois! É qu' imbora eu isteja p' ráqui a falare assinhe, cunforme eu ouço munta gente a sortar a língua e abrire a boca inté ó fundo, à graganta, quale graganta funda sempre pronta a sortare as bacas do istábulo, na berdade quaise nunca falo assinhe, debo dezeri.

Ouviram bem, meninos e meninas? Leram bem, senhoras e senhores?
É que, embora por vezes até fale mal, ou melhor, em português que não corresponde à norma, fale em português minhoto, bem minhoto, quero dezeri, redijo quase todos os meus textos utilizando essa norma nas comunicações que tenho com os outros.
Correctamente, é claro. Ou pelo menos, 99,999% correctamente pois não posso nem quero afirmar, como o outro de todos bem nosso conhecido, que nunca tem dúvidas e, além disso, raramente se engana. Reconheço, portanto, ser o como o mais comum dos mortais e não ter qualquer propensão a ou desejo de o não ser.
Com esta meia dúzia de afirmações pretendo apenas aqui esclarecer e deixar à comunidade o seguinte:
Ensino os meus alunos a a falar - ou melhor, a ouvir - e a escrever a norma do português, sua língua de união entre as diversas comunidades de falantes, mas não os ensino a falar outra língua que não o português regional do Minho, língua característica da sua verdadeira cultura.
Na minha óptica devemos ensinar as nossas crianças a distinguir os "bês" dos "vês" mas não os devemos obrigar a utilizar, na fala, os vês correctamente.
E quem diz este caso, diz os muitos outros que se nos aplicam...


Pedro Costa

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Leitura - informação e recreação

Ler permite saber...
Ler permite recrear...
Ler permite até, saber para recrear!

E, por este recurso, duas turmas da Eb1 Luís de Camões prepararam, na semana passada, alguns passatempos que divulgamos.

Pela consulta de várias obras disponibilizados pelas professoras e leitura de textos nelas contidos, os alunos sentiram-se capazes de elaborar exercícios de palavras cruzadas e de sopas de letras, que divulgam nos blogues de turma em http://ldc3b.blogspot.com e http://consigoqueroesoucapaz.blogspot.com/

Vale a pena espreitar!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009



Um pouco, pelas escolas que tenho acompanhado, vejo surgir renovados cantinhos de leitura e neles, recuperados volumes de antigas prateleiras empoeiradas, mas também obras novas, compradas recentemente das mais diversas formas e outras circulantes a partir da bilbioteca da EB1 Luís de Camões.
Em algumas escolas ocorre cruzar-me com a "Bibliomóvel" municipal e tudo isto me lembra renovar um texto que realizei para acompanhar a divulgação da Semana da Leitura em 2007.

História de uma almofada

Uma almofada que vivia
Abandonada lá em casa,
Foi comigo na sacola,
Viajar até à escola.

Ganhou uma nova vida
No chão da biblioteca
Quando nela se sentou
A Diana e o Toneca,
O João e a Rebeca
Mais o Pedro e a Inês
A Patrícia e a Guida.
E se viu assim repartida
Por um, por dois...
E por três.

Quando eu me sento nela
A almofada sorri.
Por ser assim pretendida
E passar de esquecida
A vedeta,
A estrela
Da biblioteca da escola
Quando saiu da sacola
Para ver um filme,
Um teatro,
Sob o rabo do Renato,
Do Jorge e da Joana,
Do Filipe, da Mariana,
Do Vítor e da Manela.

Vai ser um dia velhinha
E ter histórias para contar
Aquelas que um dia ouviu,
Outras, que vai inventar,
Sobre aquilo que sentiu
Quando, de minha casa saiu
Para, na escola, morar.
Jorge Pimentel